Katherine Coleman Goble Johnson 26/08/1918 – 24/02/2020. Matemática, física e cientista espacial norte-americana.
Fez contribuições fundamentais para a aeronáutica e exploração espacial dos Estados Unidos, em especial em aplicações da computação na NASA. Conhecida pela precisão na navegação astronômica informatizada, seu trabalho de liderança técnica na NASA se estendeu por décadas onde ela calculava as trajetórias, janelas de lançamento e caminhos de retorno de emergência para muitos voos do Projeto Mercury, incluindo as primeiras missões da NASA de John Glenn e Alan Shepard. Fez parte da equipe no histórico voo da Apollo 11, em 1969, à Lua. Trabalhou no programa dos ônibus espaciais e sobre os planos iniciais para a missão a Marte.
Em 2016, foi incluída na lista de cem mulheres mais inspiradoras e influentes pela BBC
“Katherine era conhecida no departamento como um “computador de saias”. Seu principal trabalho era ler os dados das caixas-pretas de aviões e realizar outras tarefas matemáticas precisas. Então, um dia, Katherine (e uma colega), foram temporariamente designadas para ajudar uma equipe de pesquisa de voo toda ela composta por homens. O conhecimento de Katherine em geometria analítica a fez conquistar a confiança dos colegas e chefes homens, a ponto de esqueceram de devolvê-la para seu antigo setor. Enquanto as barreiras de raça e gênero estavam sempre ali, Katherine os ignorou. Ela era assertiva, pedindo para entrar nas reuniões editoriais (onde nenhuma mulher esteve antes). Ela simplesmente disse às pessoas que tinha feito seu trabalho e que ela pertencia ao lugar” (Relatório do Projeto de Líderes Visionários)
Katherine foi co-autora de 26 artigos científicos. O impacto de seu legado pioneiro para a ciência espacial e computação lhe rendeu diversas honrarias e medalhas. Desde 1979, antes de se aposentar da NASA, sua biografia tem lugar de destaque entre a lista de negros pioneiros em ciência e tecnologia.
Em 24 de novembro de 2015, o presidente Barack Obama incluiu Katherine na exclusiva lista de dezessete estadunidenses que receberam a Medalha Presidencial da Liberdade e seu nome foi citado como exemplo pioneiro de mulheres negras na ciência, tecnologia, engenharia e matemática.
Em março de 2016, começaram as finalizações do filme ‘Estrelas Além do Tempo’, que foi lançado em 2017, sobre três cientistas negras da NASA que calcularam as trajetórias de voo do Projeto Mercury e do Apollo 11 nos anos 1960. O filme é baseado no livro de Margot Lee Shetterly que documentou as carreiras e as contribuições de Katherine Johnson, Dorothy Vaughan e Mary Jackson. Katherine é interpretada pela atriz indicada ao Oscar Taraji P. Henson.
Em 5 de maio de 2016, foi homenageada quando construíram o novo edifício de Pesquisa em Computação e este recebeu seu nome, feito pela agência no Centro Langley de Pesquisa, em Hampton, Virginia, no aniversário de 55 anos do voo histórico de Alan Shepard em seu foguete, que Katherine tornou possível.
‘ESTRELAS ALÉM DO TEMPO’ O FILME – 1961. Em plena Guerra Fria, Estados Unidos e União Soviética disputam a supremacia na corrida espacial ao mesmo tempo em que a sociedade norte-americana lida com uma profunda cisão racial, entre brancos e negros. Tal situação é refletida também na NASA, onde um grupo de funcionárias negras é obrigado a trabalhar a parte. É lá que estão Katherine Johnson (Taraji P. Henson), Dorothy Vaughn (Octavia Spencer) e Mary Jackson (Janelle Monáe), grandes amigas que, além de provar sua competência dia após dia, precisam lidar com o preconceito arraigado para que consigam ascender na hierarquia da NASA.