Em 2014, o INSS tinha 37.685 servidores efetivos.
Em 2020, tem cerca de 25.600.
Sobrecarregados pela demanda e falta de estrutura, os servidores estão submetidos a jornadas extenuantes de até 12 horas seguidas e levando trabalho para suas casas, motivados por bônus financeiros pelo cumprimento de metas abusivas.
Agora, são apresentados pelo governo como modelo de aumento de produtividade no serviço público —um escárnio com eles e com a população.
As situações de crise como essa do INSS, tão comuns no atual governo, não se explicam apenas pela incompetência de gestores federais.
Elas têm sua raiz na restrição orçamentária imposta aos serviços públicos, especialmente a partir da vigência da emenda constitucional 95, que vale para congelar e cortar gastos com políticas sociais para os mais pobres, mas não vale para limitar o gasto com o pagamento de juros a bancos e especuladores.
É por conta dessa política cruel de corte de gastos que um concurso do INSS caducou sem a contratação de todos os aprovados e que um novo concurso público nem sequer foi cogitado pelo governo até agora.
É também por conta disso que agências do INSS estão sendo fechadas ou funcionam com menos da metade do número de servidores que deveriam ter.
Clique aqui e leia a matéria completa na Folha de S. Paulo