Pouco mais de 100 dias após registrar os cinco primeiros casos de coronavírus, Curitiba, capital do Paraná, passou de uma situação confortável para dramática em relação à pandemia. Até metade de maio, eram 600 casos de covid-19 e taxa de ocupação de UTIs que não ultrapassava os 50%. Em março, quando entraram em vigor as medidas de isolamento social, a adesão dos curitibanos foi boa, bem como a obrigatoriedade do uso de máscara nos locais públicos. Com o surto controlado, a prefeitura de Curitiba relaxou as regras e permitiu a reabertura de shoppings e academias no dia 20 de maio. O resultado: os casos quintuplicaram.
Na segunda-feira (22), eram 3.032 casos confirmados e 114 óbitos. Na terça-feira passada (16/06), houve recorde de 510 registros. Em todo o Paraná, são 14.336 casos e 460 mortes, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
A ocupação dos 223 leitos de UTI do SUS exclusivas para a covid-19 na cidade beira 80%. Na semana passada, esse porcentual chegou a 85%.
Dados da Sesa do dia 22/06 mostram que hospitais como Evangélico e Hospital do Trabalhador (ambos em Curitiba) estavam com 100% das UTIs de covid ocupadas. A situação é dramática também em cidades como Cascavel (95% de ocupação no Hospital Universitário) e Francisco Beltrão (100% de ocupação no Hospital Regional do Sudoeste). (Fonte: BBCNews)